Marcelo's Reading and Thinking Log

In this world nothing can be said to be certain, except death and that the very rich pay very little taxes.

Neste mundo nada pode ser dado como certo, exceto a morte e que os muito ricos pagam muito pouco imposto.

Os regimes não-democráticos fazem infelizes uma parte da população; quase invariavelmente, essa parte é ínfima, e confinada a setores mais politizados da sociedade. Quem, por outro lado, é infeliz numa democracia? Numa análise estática, baseada no momento das eleições, seriam infelizes todos os que não votaram no candidato vencedor. Essa quantidade é tipicamente alta, chegando, no pior caso, à metade dos habitantes do país. Considerando a realidade dinâmica pós-eleições, esse número pode aumentar significativamente (e raramente diminui), podendo chegar à quase totalidade do país, como aliás é o caso presente do Brasil. A conclusão de minhas considerações é que os regimes não-democráticos são mais humanos que os democráticos, pois fazem menos pessoas infelizes.

A repórter pergunta ao vendedor de rua: "Há quanto tempo você está na informalidade?"
Resposta: "Há uns cinco anos, em média."

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Sample space (A real dialogue)

A reporter asks a street salesman: "How long have you been on informality?"
Answer: "For five years, on average."

Os socialistas afirmam que as crises do capitalismo não são fenômenos atípicos, mas são parte dele. É uma discussão interminável, porque a direita responde que o que temos no Brasil (e, suponho, fora dele) não é o "verdadeiro" capitalismo. Prefiro, então, abordar a questão do ângulo político, em vez do econômico. Os esquerdistas dizem que, no Brasil, as instituições democráticas não estão funcionando. A minha resposta é: não estão mesmo, e isso não é um fenômeno atípico. A democracia é um sistema intrinsecamente disfuncional.

Loja de móveis "rústicos". Neles, evita-se o acabamento; alguns, após pintados, são raspados para alcançar a aparência de rusticidade. A vendedora veste calças jeans rasgadas "de fábrica".

Ninguém é realmente enganado. A aparêncida de rusticidade, longe de ser um retorno à autenticidade, é apenas mais uma camada de sofisticação, uma segunda mentira superposta à primeira, que não nos traz de volta à verdade, mas distancia-nos ainda mais dela.

É como assistir a um filme de horror no conforto de nossas casas. O propósito não é realmente sentir medo. O caos não pode mais ser combatido com a ordem. Precisa-se de um caos artificial, mais difícil de engendrar e portanto mais eficiente no afastamento do natural.

A moda funciona, dessa maneira, como uma espécie de cerimônia ritual de expulsão de demônios. Os demônios da (nossa) natureza.

...that it will completely disrupt my routine.

...que ela vai perturbar radicalmente minha rotina.